O Governo conseguiu obter das transportadoras que não fazem parte do sistema de passes sociais a garantia de que os preços não vão aumentar, à excepção dos bilhetes simples. A moeda de troca foi a promessa de apoios financeiros, nomeadamente à renovação das frotas .
O preço dos bilhetes aumenta 5,83%
O Governo negociou com as empresas de transportes de passageiros não incluídas no sistema de passes sociais o congelamento dos preços dos passes a todo o País. Apenas os bilhetes vão sofrer, a partir do dia 1 de Julho, um agravamento de 5,83%.
O acordo foi ontem assinado ao fim do dia, depois da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, ter negociado nas últimas semanas à mesa um pacote de apoios financeiros para o sector.
Cabaço Martins, presidente da Associação Nacional dos Transportadores Pesados de Passageiros (Antrop), garantiu que as medidas negociadas "dão algum apoio à situação difícil que o sector está a viver devido ao aumento do preço dos combustíveis".
O responsável da Antrop escusou-se a revelar o pacote de medidas, mas adianta que os apoios financeiros à renovação da frota são uma das medidas negociadas. O acordo alcançado vai aliviar a pressão a que as empresas mais pequenas, e sobretudo as que operam no interior do País, têm estado sujeitas devido aos aumentos sucessivos do preço do gasóleo. São mais de 150 empresas que procuram sobreviver à crise que o sector está a viver.
Depois de um coro de protestos, o Governo acabou, assim, por alargar o congelamento dos passes a todo o país, e não apenas às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, ao contrário do que inicialmente tinha anunciado. Os bilhetes, esses, é que sofrem o segundo aumento deste ano, uma vez que já tinha havido uma actualização de 3,9% em Janeiro.
in: www.dn.pt secção "Economia" de 21 Jun/08
Sem comentários:
Enviar um comentário