A segunda linha de metro de Gondomar, que representa um investimento de 183,6 milhões de euros, implica a construção de uma estação subterrânea em Campanhã, a 30 metros de profundidade, e a passagem à superfície na zona do Freixo.
Com uma extensão de 5,7 quilómetros, metade dos quais em túnel, a nova linha deve demorar 24 meses a construir, prevendo-se que fique concluída em 2018 - esta informação consta do Resumo Não Técnico (RNT) do Estudo de Impacte Ambiental da linha, a que a Lusa teve hoje acesso.
O documento vai entrar em consulta pública a partir de quarta feira, durante cerca de um mês - só então pode ser emitida a Declaração de Impacte Ambiental que permitirá concluir os processos para lançar o concurso da segunda fase de expansão do metro do Porto.
A nova estação de Campanhã será construída por baixo do solo, a mais de 30 metros de profundidade, perpendicularmente à atual estação de metro, e foi projetada em articulação com a futura linha de alta velocidade.
O traçado da linha de Valbom passará "inferiormente e desnivelado" à linha de alta velocidade Lisboa/Porto, tendo sido "compatibilizada com estudo prévio em desenvolvimento", refere o documento.
A obra desta estação subterrânea prevê a requalificação urbanística da superfície da envolvente à estação ferroviária.
A linha arranca de Campanhã e segue enterrada até ao Freixo, através de um túnel de cerca de 800 metros.
A segunda estação ficará situada à superfície, a seguir à rotunda do Freixo, próximo da marina.
Apesar de se tratar de uma zona complicada em termos de trânsito, a Metro do Porto fez vários estudos de tráfego que permitiram concluir que a introdução do metro à superfície naquela zona é viável e que melhora a circulação automóvel, disse à Lusa fonte da empresa.
A nascente do Freixo, o metro entra num túnel com mais de dois quilómetros, vencendo, assim a encosta do Douro em direção ao centro de Gondomar - será neste troço do percurso que vão surgir as estações subterrâneas situadas no centro da freguesia de Valbom.
Após esta última estação, o metro volta à superfície para atravessar, em viaduto, o IC 29 para nascente, onde nascerá a estação Oliveira Martins e uma nova avenida que ligará a rotunda que serve o Pavilhão Multiusos de Gondomar.
A linha termina à superfície, na estação de Gondomar, situada junto à praça da Feira.
Neste ponto, será construído um interface com capacidade para 12 autocarros e um parque de estacionamento para mais de 120 automóveis.
No total, ao longo das seis estações, serão disponibilizados 400 lugares de estacionamento.
A nova linha vai ligar o Porto a Gondomar em cerca de oito minutos e será a última das linhas da segunda fase de expansão do metro do Porto a avançar, referiu à Lusa fonte ligada ao processo.
A segunda fase do metro do Porto integra, ainda, as linhas do Campo Alegre, no Porto, a de S. Mamede, em Matosinhos e a extensão do metro a Laborim e Vila d'Este, em Gaia.
Em janeiro, o presidente da Metro do Porto afirmava que o concurso para esta segunda fase seria lançado em abril.
in: jn.sapo.pt secção "Porto" de 22 Abr/10