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21/05/2008

Especialista propõe segunda linha circular

A criação de uma linha circular subterrânea e automática, que cruze as principais estações da rede do metro no interior do concelho do Porto, é uma das novidades do estudo sobre a segunda fase de expansão do metro. Quatro especialistas, consultados pela empresa, defendem que vá até Gaia. Olhando para este documento, de autoria de Paulo Pinho (docente na Faculdade de Engenharia do Porto), são unânimes contra a futura Linha da Boavista. Em vez do metro, querem o eléctrico.

A Empresa do Metro solicitou pareceres sobre o estudo de Paulo Pinho ao arquitecto Manuel Correia Fernandes, ao geógrafo Rio Fernandes, ao director da Faculdade de Economia do Porto, José Costa, e ao professor na Faculdade de Engenharia, António Babo. Embora favoráveis ao conceito de uma linha circular, os especialistas manifestam reservas quanto ao traçado. Se José Costa possui dúvidas quanto à utilização do túnel ferroviário entre as estações de S. Bento e de Campanhã, já Manuel Correia Fernandes admite que a circular seja rasgada tal como foi proposta, mas argumenta que a ligação por Gaia "não considerada" poderá ser "uma mais-valia operacional e funcional".

"A ideia sedutora e consensual de criação de uma "VCI ferroviária" deverá passar pelo aprofundamento do debate em torno do seu melhor desenho na cidade compacta e multimunicipal que queremos servir, com aparente vantagem de um alargamento do perímetro de forma a incluir todo o Centro Histórico voltado para o rio Douro", considera Rio Fernandes, no parecer enviado à Metro a que o JN teve acesso. António Pérez Babo sugere o desenho de duas circulares uma interna e outra externa. Ambas passariam pelo município gaiense.

Duas circulares

Certo de que a "circular interna" não deve colocar em causa a chegada dos comboios suburbanos à estação de S. Bento nem deve estar condicionada pela satisfação do corredor entre a Rotunda da Boavista e a Cordoaria - tarefa que seria cumprida pelo eléctrico - António Babo argumenta que essa ligação deveria aproximar os centros das cidades de Gaia e do Porto.

Assim, o anel aproveitaria parte do traçado da futura segunda linha para Gaia, mas, tal como defende Paulo Pinho, o metro não seguiria por uma nova travessia, mas pela Ponte da Arrábida. A circular ligaria Campanhã, Combatentes, Arca d'Água, Casa da Música, Gólgota, Arrábida, Devesas e General Torres, regressando a Campanhã. A partir das Devesas, a segunda linha de Gaia deveria rumar a Laborim, a Vila D'Este, ao Monte da Virgem e ao Hospital Santos Silva, a partir do interface da Quinta do Cedro.

A circular externa teria, como ponto de partida, a nova linha entre a Senhora da Hora e o Hospital de S. João, servindo S. Mamede de Infesta. Partindo de Campanhã, teria por destino Oliveira do Douro, a Avenida da República e Devesas, em Gaia. António Babo não tem dúvidas de que se justificará, no futuro, uma linha transversal neste concelho, entre a área da Barrosa (onde se encontra o Gaiashopping e hipermercados), em Coimbrões, com o "eixo urbano-industrial da EN222". A lista de prioridades de António Babo inclui o prolongamento da Linha Amarela do Hospital de S. João até Pedrouços e uma nova linha rumo a Gondomar por Valbom. A outra ligação ao concelho ficaria na Venda Nova.

Contudo, tal como os outros especialistas, sublinha que o pecado maior do estudo de Paulo Pinho é não ter considerado outros modos de transporte público, para além do metro, nomeadamente o eléctrico. Assinalando que fazer linhas de eléctrico modernas é mais barato (fica por 1,5 milhões por quilómetro) do que de metro, António Babo elege três traçados prioritários Cantareira - Avenida da República, em Matosinhos; Palácio da Bolsa - S. Bento - Campo 24 de Agosto - Areosa; e Castelo do Queijo - Rotunda da Boavista - Hospital de Santo António, passando por Júlio Dinis e pelo Palácio.

Todos os especialistas apontam o eléctrico moderno para servir a Avenida da Boavista, em detrimento do metro. Temendo que a implantação do metro comprometa a imagem da avenida, José Costa pensa que se justifica uma análise comparativa entre a solução actual e a opção do eléctrico moderno, ligando à futura "linha circular ou à Casa da Música e complementar da linha, junto à marginal do rio Douro".

in: www.jn.pt secção "Porto" de 21 Mai/08

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