A Junta Metropolitana do Porto (JMP)recusou-se a nomear os seis representantes deste órgão para o Conselho Geral da Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto, cuja primeira reunião deveria ter lugar ontem. Segundo a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino “esta matéria é essencialmente do interesse metropolitano e a JMP está a inviabilizar um instrumento que é do interesse da área metropolitana do Porto (AMP) e que deve estar acima de qualquer guerra político-partidária”. A governante revelou ainda que estes não só não compareceram como não informaram que não iriam estar presentes nem responderam às várias tentativas de contacto do seu gabinete. Por seu turno, o presidente da JMP, Rui Rio, fez saber que só indicaria os seus representantes na respectiva AMT se o Governo esclarecesse, previamente, o modelo de financiamento daquela entidade. O também presidente da Câmara Municipal do Porto rejeitou a acusação desta ser uma medida político-partidária, referindo que a decisão foi tomada por unanimidade e que incluiu vários autarcas socialistas. Rui Rio disse aos jornalistas que, mesmo considerando não ser "de bom tom nomear pessoas em cima das eleições" legislativas e autárquicas, a Junta estaria disposta a avançar com a nomeação dos membros que lhe competem, desde que o modelo de financiamento fosse clarificado. O autarca acrescentou que “a lei é vaga. Diz que a AMT será comparticipada pelo Governo, a Junta e os municípios, mas, até hoje, não nos foi dito qual o valor que cabe a cada um. Como é possível a Junta, que já tem um orçamento curto, comprometer-se com algo no escuro? Temos de ter a certeza que o envolvimento financeiro é comportável com as possibilidades da Junta”.
in: www.transportesemrevista.com de 27 Jun/09
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