►STCP: novas linhas 404 e 2M. Alterações de percurso nas linhas 300, 301, 9M e 13M. ► Carris disponibiliza app CARRISWay para carregamento de títulos Navegante no telemóvel. ►Carris e Carris Metropolitana disponibilizam informação em tempo real no Google Maps. ► Metro de Lisboa permite requisição de passe Navegante online. ► Despesas com aquisição de bilhetes de transportes públicos são dedutíveis em IRS.

28/04/2008

Carris adere ao 'Carsharing'

'Carsharing' poderá ser usado à hora mas não tem ainda tabela de preços
O aluguer de automóveis ligeiros sem motorista por curtos períodos de fracções mínimas de uma hora é a nova aposta da empresa transportadora Carris de Lisboa, que será lançada durante a Semana da Mobilidade, em Setembro. O objectivo é "melhorar a mobilidade em Lisboa e retirar trânsito do centro da cidade", explicou ao DN fonte da empresa.

Opinião contrária têm representantes da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) e da Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M). Consideram que "não diminuirá o número de viaturas" na capital e defendem que "a solução é dar prioridade ao transporte público".

O projecto da Carris, denominado carsharing e ainda sem tabela de preços, "permitirá usar um automóvel partilhado por múltiplos utilizadores sem ter de o adquirir e assenta na possibilidade de dispor, apenas quando necessário, de um veículo", revelou fonte da empresa, explicando que "o pagamento será feito em função do tempo e do espaço percorrido". Defende que "constitui uma excelente solução de mobilidade para visitantes, reduzindo o número de veículos em circulação".

Em termos de vantagens para o utilizador, destaca que, "em muitos casos, evita a compra do segundo ou terceiro veículo por família". Para este serviço serão disponibilizados veículos ligeiros híbridos de cinco lugares, com vantagens ambientais.

Ainda de acordo com informações prestadas pela Carris, "prevê- -se a diminuição da pressão do automóvel no espaço urbano. Estudos efectuados noutros países onde já funciona este sistema concluem que cada veículo de carsharing permite substituir entre quatro e dez viaturas particulares e, consequentemente, reduz a ocupação do espaço urbano, congestionamentos, emissão de gases, consumo de energia e acidentes rodoviários".

Exemplifica que "estudos suíços evidenciaram que os condutores que aderem ao carsharing reduzem em cerca de 6700 quilómetros por ano (perto de 72%) a distância percorrida em veículo próprio". E apresenta como "casos de sucesso os de Espanha (Barcelona), Alemanha, Bélgica, Itália e Suíça".

Na fase inicial do projecto, haverá uma viatura em cada um dos cinco parques, situados junto a interfaces de transportes públicos, onde o cliente vai buscar e deixar o veículo.

Comentando a utilidade deste novo serviço, o dirigente Vítor Pereira, da Fectrans, diz ao DN que "esse projecto não faz sentido para reduzir o número de veículos em circulação no centro da cidade. A Carris aluga esse carro, que, tal como outro qualquer, também está a ocupar espaço na via pública - quando transita ou está parado - e a causar poluição". Na sua opinião, "é necessário é criar mais corredores bus para dar prioridade aos transportes públicos, aumentar a sua velocidade comercial e colocar mais autocarros em serviço".

Para Manuel João Ramos, presidente da ACA-M e vereador da oposição na câmara da capital, "este programa da Carris não é solução. Até vai haver mais esses carros a circular na cidade. Seria eficaz, se fosse conjugado com outras medidas que evitassem a entrada de trânsito no centro da cidade". Considera que "os parques de estacionamento junto de interfaces de transportes públicos nos concelhos limítrofes deveriam ser mais baratos do que no centro de Lisboa". E conclui ser "preciso aumentar a rede de corredores bus e dar prioridade ao transporte público".

in: www.dn.pt secção "Cidades" de 28 Abr/08

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