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29/04/2008

Linha de Cascais e Estação do Oriente unidas em 2013

Dentro de quatro anos, será possível a quem vive em Cascais chegar à estação do Oriente em 54 minutos, em vez dos 80 que demora actualmente, e sem fazer um único transbordo graças à ligação da Linha de Cascais à Linha de Cintura, uma das três obras ontem apresentadas pelo Governo para a zona de Alcântara e que totalizam um investimento de 407 milhões de euros. A ampliação do terminal de contentores para quase o triplo da capacidade e o desnivelamento do ramal ferroviário que serve a zona portuária são outras obras que deverão estar concluídas em 2013.

Ana Paula Vitorino, secretária de Estado dos Transportes, explicou que esta obra, estudada desde a década de 60, vai permitir aos passageiros de Oeiras e Cascais terem "ligações directas ao centro da cidade", através da ligação à linha que passa por Sete Rios e Entrecampos, e ganhar uma média de 30 minutos em cada viagem. Estima-se que mais rapidez e conforto façam aumentar a procura da linha dos actuais 30 milhões de passageiros transportados anualmente para 41,8 milhões em 2017, um acréscimo "muito significativo".

A ligação entre as duas linhas será feita através de um túnel subterrâneo e de uma nova estação de Alcântara-Terra, que ficará localizada junto às novas e futuras urbanizações previstas para a zona. Neste momento está em curso o estudo prévio que, até ao fim de Junho, deverá definir se o mesmo túnel pode servir simultaneamente o tráfego de passageiros e de carga, ou se serão precisos dois túneis para levar a cabo uma operação que, segundo Mário Lino, ministro das Obras Públicas, pretende "resolver de uma só vez vários problemas" e acabar com os conflitos pedonais e rodoviários existentes, designadamente o dos comboios a atravessarem a via pública nas Docas.

Seja como for, o certo é que se trata de uma obra "complicadíssima", como reconheceu ao JN Luís Pardal, presidente da Refer, Rede Ferroviária Nacional, referindo os problemas hidrológicos que existem na zona e a proximidade do caneiro de Alcântara, o que obriga a cuidados especais.

Outro dos problemas que vai ser resolvido é o do esgotamento da capacidade do terminal de contentores de Alcântara, que irá ser triplicada. A obra será custeada em cerca de 60% pela concessionária do terminal (a Liscont), que em troco dos 226,7 milhões de euros que ali vai gastar ganha a prorrogação do prazo de concessão até 2042 (findava em 2015). O reforço do ramal ferroviário e a criação de uma zona de acostagem e operação de barcaças vão permitir retirar da rodovia cerca de mil camiões por dia.

Presente na cerimónia, o primeiro-ministro José Sócrates disse que este projecto pretende "acabar com um bloqueamento sério" que condicionava o crescimento daquela zona e que será uma "grande oportunidade de desenvolvimento para Lisboa".

in: www.jn.pt secção "País" de 29 Abr/08

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