Além das 30 novas estações anunciadas pelo Governo, a autarquia sugere um alargamento na Alta de Lisboa, numa linha de superfície com oito estações. O plano do Governo tem um custo previsto de 2,5 mil milhões de euros
Depois de o Governo anunciar que o Metro de Lisboa terá mais 30 estações até 2020, o que significa um aumento de 29 quilómetros na rede, a Câmara Municipal de Lisboa decidiu dar parecer favorável e "reivindicar" mais uma bifurcação na Linha Vermelha e sugerir uma linha de Metro Ligeiro na Baixa de Lisboa.
Se for aceite a sugestão da proposta aprovada ontem em sessão camarária, os 2,5 mil milhões de euros previstos pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, devem aumentar.
A CML propôs assim "o estudo de uma linha de Metro Ligeiro, que faça circular pela Alta de Lisboa, Ameixoeira, S.Francisco de Assis e Quinta das Mouras". Segundo uma planta da autarquia a que o DN teve acesso, tal significará mais oito novas estações na Alta da cidade.
Nesta nova rede do metropolitano, apesar de existirem mais estações, o Governo garante que os tempos de espera vão ser diminuídos. A linha amarela irá expandir-se para fora de Lisboa, penetrando nos concelhos de Loures e Odivelas numa área de 8,4 quilómetros.
Por outro lado, esta linha terminará no Campo Grande. A ligação daqui até ao Rato passará a ser a linha verde que irá até ao Cais do Sodré.
Na linha azul, que liga a estação de Santa Apolónia à Amadora-Este, nascerão duas novas estações: Uruguai e Benfica, estando ainda em estudo uma estação intermédia entre o Terreiro do Paço e Santa Apolónia (Alfama).
Ainda assim, a maior expansão vai ter lugar na linha vermelha que unirá o Oriente ao Aeroporto (se este ainda existir na altura). A linha seguirá então do Aeroporto para o Campo Grande, num destino que só terminará no Hospital Amadora-Sintra. E mais: São Sebastião ficará ligado a Alcântara e Alvito.
Por outro lado, o Governo assume que este traçado pode ainda sofrer alterações. Falta também saber qual a receptividade do Metro de Lisboa às reivindicações da autarquia que, recorde-se, perdeu recentemente o assento que tinha no Metro de Lisboa.
Na proposta de emissão de parecer levada à sessão camarária pelo presidente da autarquia António Costa e pelo vereador Manuel Salgado, estes criticaram a falta de presença da autarquia na definição do rumo do metro.
"Durante décadas a Câmara Municipal de Lisboa esteve arredada do planeamento da rede de metro que serve a cidade com as consequências negativas que daí resultaram", escreveram os vereadores numa crítica aos governos PS e PSD.
A rede do Metro de Lisboa, que tem actualmente 37,7 km, ficaria assim com um total de 66,7 km. Isto, claro, se o plano do Governo se concretizar.
in: dn.sapo.pt secção "Portugal" de 3 Set/09
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