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28/09/2011

Governo vai construir linha Porto-Vigo

O Governo vai construir uma nova linha entre Porto e Vigo. Ao invés de uma linha de alta velocidade, o Governo vai optar, de acordo com edição de hoje do JN, por uma linha de velocidade rápida moderada.

Não se sabe ainda, que velocidade irão atingir os comboios da nova ligação. Sabe-se contudo, que o Governo deixa cair o projecto da alta velocidade, e os comboios inter-regionais a circular na linha do Minho e que demoram cerca de três horas a percorrer o percurso entre o Porto e a cidade espanhola de Vigo, darão lugar a comboios com as caracteristicas do Alfa Pendular.
Não se conhece ainda a calendarização da obra nem os custos totais do projecto, mas o Governo optou por deixar cair o TGV com velocidade de 350 km's/hora por comboios com velocidade elevada até 250 km's/hora tanto na linha que ligará Sines a Badajoz, como Aveiro a Salamanca. A linha até Vigo terá uma velocidade um pouco mais baixa, mas o suficiente para encurtar a distância entre as duas cidades.
As novas linhas estima o Governo, serão construídas em bitola europeia para transporte de passageiros e mercadorias, e custarão cerca de um terço do que custaria o TGV.

27/09/2011

Governo avança com duas linhas de velocidade elevada

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, anunciou que o Governo irá avançar com duas linhas ferroviárias de velocidade elevada, para passageiros e mercadorias, em bitola europeia que irão ligar Aveiro a Salamanca e Sines a Madrid. Durante a sua prestação no programa Prós e Contras, da RTP1, Álvaro Pereira referiu que “para nós é muito importante termos linhas mistas de passageiros e mercadorias em bitola europeia que vão de Sines até Madrid, mas também garantir que as linhas não podem parar em Madrid. É muito importante que as linhas no norte de Espanha, a nível de mercadorias, estejam construídas”. O ministro referiu ainda que o Governo percebeu que “no Plano Estratégico de Transportes, que será apresentado esta semana, a única linha em bitola europeia não pode ser apenas a linha de Sines. É essencial que haja uma linha que ligue o norte do país ao resto da Europa. Essa linha partirá de Aveiro, através da Linha da Beira Alta, em bitola europeia”.


O governante disse que “a União Europeia confirmou que os fundos que estavam alocados ao TGV e outros grandes projetos de investimentos poderão ser realocados para estes projetos, que irão aumentar a competitividade da economia portuguesa”. O ministro fez ainda referência ao facto de que as grandes obras públicas devem estar viradas para aumentar a competitividade da economia portuguesa e para baixar os custos das exportações. E garantiu que “não é o TGV que nos vai dar competitividade. O que nos vai dar competitividade são linhas de mercadorias da mesma dimensão que existem na União Europeia”. Esta estratégia, de acordo com o Governo, vai igualmente ao encontro à que está a ser tomada e que passa por uma aposta maior nos portos, tal como referiu Álvaro Santos Pereira: “para nós os portos são fundamentais. Temos o maior porto de águas profundas da Europa, que é Sines. Temos outros portos de elevado potencial, que será muito maior quando, em 2014, o Canal do Panamá for alargado e que vai permitir a passagem de navios de maior porte, ou seja, navios que vêm da Ásia e da parte Oeste da América do Norte e América Latina”.

(...)

in: http://www.transportesemrevista.com/ de 27 Set/11



21/09/2011

TGV não avança

Agora é definitivo; o TGV não avança. A garantia foi dada pelo primeiro-ministro em entrevista à RTP.

Segundo Pedro Passos Coelho o TGV é um projecto deficitário mesmo a longo prazo pelo que, Portugal não avançará com o projecto tendo que renegociar com a União Europeia e com Espanha.
Passos Coelho assume contudo, que é prioritária uma ligação à Europa sobretudo, para o transporte de mercadorias pelo que, Portugal deverá avançar com um projecto ferroviário em bitola europeia com comboios a circular a 250 km's, que no entender do Governo ficará cerca de 75% mais barato que o projecto do TGV. Recorde-se que o ministro da Economia Álvaro Santos Pereira há duas semanas avançou que a ligação de Sines a Badajoz seria feita na ferrovia convencional, em bitola europeia, o mesmo sucedendo agora com a ligação entre Lisboa e Caia.

12/09/2011

Ligação ferroviária Évora-Caia avança

A ligação ferroviária entre Évora e Caia junto à fronteira espanhola avança. A confirmação foi avançada pelo Governo que decidiu construir uma ligação de comboio convencional em bitola europeia, em detrimento da ligação em Alta Velocidade.

O investimento previsto é de 222 milhões de euros na ligação que irá servir os portos de Sines e Setúbal, e interligar à já existente linha do Alentejo que liga Lisboa a Évora, e que foi recentemente modernizada.
A ligação a Caia irá reduzir o tempo de transporte de mercadorias a partir de Sines das actuais oito horas para quatro horas e meia.
A nova solução irá ser apresentada por Portugal ao Governo espanhol, que em breve virá a Lisboa discutir o projecto da Alta Velocidade, que por enquanto será mantido e suspenso.

08/11/2010

Parar a alta velocidade obriga a fazer muitas contas

A lista é grande e dificilmente quantificável, pois mistura despesas com perda de receitas e não há histórico de indemnizações em projectos tão caros, mas o PÚBLICO encontrou um valor - 890 milhões - que, englobando despesas potenciais e receitas que ficam por obter, poderá aproximar-se do que seria a factura mais imediata a pagar pelo Estado português por causa da paragem total do projecto TGV.


Que aconteceria se o Estado desistisse de construir a linha Poceirão-Caia? Em primeiro lugar, perdia 247 milhões de euros de fundos comunitários. E arriscava-se a perder mais 450 milhões de fundos que, podendo ser transferidos para outras obras de modernização territorial, dificilmente encontrariam destino, pois teriam de ser projectos maduros, com estudo de impacto ambiental já realizado e concurso público prestes a arrancar. Até 2015, e com o investimento público parado, não seria fácil, mas não impossível.

Ameaça de indemnizações

Já o consórcio que ganhou, por 1359 milhões de euros, a construção do primeiro troço do TGV em Portugal começaria por exigir indemnização pelos custos incorridos (dinheiro já gasto), seguida da indemnização pelas expectativas frustradas do negócio. A primeira será relativamente fácil de calcular. O que já se sabe é que, apenas até à fase da proposta, o consórcio gastou cerca de 20 milhões de euros. E a proposta foi entregue há muitos meses. Os custos incorridos deverão ultrapassar os 60 milhões de euros - o equivalente a cerca de 5 por cento do projecto. Já a indemnização pelas expectativas frustradas é mais difícil de fazer, até porque não há histórico de rescisões de contrato em projectos desta dimensão.

Em causa poderiam estar valores entre os 70 e os 140 milhões de euros de indemnização, mas o processo arrastar-se-ia, com os custos inerentes, pelos tribunais. Por exemplo, o diferendo entre a Refer e a Teixeira Duarte pelo cancelamento da empreitada das obras no túnel do Rossio, em que ambas as empresas exigiram indemnização uma à outra, arrasta-se desde 2006. Acresce ainda o contrato de manutenção da linha (12 milhões/ano durante 36 anos) que teria de ser cancelado, podendo, neste caso, a indemnização chegar aos 27 milhões de euros.

E a Espanha?

Há ainda outras questões que se colocam pela primeira vez: como resolver o imbróglio dos acima mencionados 247 milhões de fundos comunitários, que resultaram de uma candidatura conjunta entre Portugal e Espanha? Poderá Espanha exigir ser ressarcida pela desistência do seu "sócio", uma vez que este dinheiro se destinava ao troço transfronteiriço Évora-Mérida?

E os custos de imagem para Portugal nas instâncias comunitárias? Poderia voltar a recandidatar-se mais tarde a novos fundos para o projecto com a mesma credibilidade?

Contra os opositores do TGV, a Rave esgrime um argumento financeiro tout court: nos quatro anos de construção da linha Poceirão-Caia, o Estado só despende 110 milhões de euros (o grosso do esforço financeiro é do consórcio), mas deverá receber 400 milhões de receitas geradas pelo projecto. Trata-se não só do IVA, mas também de receitas de IRC, IRS e até do facto de muitos desempregados deixarem de receber subsídio de desemprego e passarem a descontar.

A factura da PPP virá mais tarde, mas, nessa altura, diz a Rave, já haveria receitas do projecto porque os comboios estariam a circular.

A paragem da alta velocidade comprometeria ainda o projecto do eixo Sines-Badajoz. Aquela linha vocacionada para mercadorias circula paralela à linha de alta velocidade projectada entre Évora e Caia, fazendo ambas parte da mesma concessão. A sua construção beneficia, por isso, de economias de escala de grande dimensão. Sem TGV, esta linha ou não se faz ou fica com um custo acrescido. E, entretanto, o país já investiu 159 milhões de euros na variante de Alcácer e está a preparar o investimento na linha entre Vendas Novas e Évora. Projectos estes que não serão integralmente aproveitados se não houver continuidade da linha para Espanha.
 
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Maioria dos projectos mantém-se na Europa
 
A França, pioneira do TGV, vai avançar com a linha Atlântica, rumo à fronteira de Hendaya, avançando pela primeira vez com uma parceria público-privada, que será testada no troço Tours-Bordéus. Até agora, as linhas tinham sido feitas através do método de empreitada. Em projecto está também a linha Poitiers-Limôges.


A Alemanha conta já com 1285 quilómetros de rede de alta velocidade, tem 378 em construção e planeia fazer mais 670 nos próximos anos.

Em Itália, está construído o "T" que liga Turim e Milão a Roma e Nápoles. Este país conta com 923 quilómetros de linhas de alta velocidade e planeia ainda unir Milão a Veneza (245 quilómetros) e Génova a Milão (150 quilómetros).

A Holanda, país mais pequeno que Portugal, já tem 120 quilómetros de linha exclusiva para o TGV, a Suíça 35 e o Reino Unido 113. Este último pretende chegar com a alta velocidade de Londres a Birmingham e Manchester.

A Espanha vai inaugurar em Dezembro a linha Madrid-Valência (432 quilómetros) e mantém em construção 1787 quilómetros de linha. O seu ambicioso projecto de construir mais 1700 quilómetros sofreu, contudo, uma paragem devido à crise orçamental. O mesmo aconteceu na Polónia, que tem previstas duas linhas que somam 712 quilómetros.

Iãnki Barron, director do Departamento de Alta Velocidade da UIC (União Internacional dos Caminhos-de-Ferro), diz que a maioria dos países apostou nestes investimentos como uma forma de combater a crise, estimulando a economia e criando emprego. As coisas mudaram, mas de forma moderada, quando os défices públicos começaram a disparar, defende este responsável. "Quando muito, há uma desaceleração de novos projectos, mas o que estava planeado está a avançar. Só em Portugal e na Polónia é que as coisas não estão claras", disse ao PÚBLICO.

No mundo, existem 42 mil quilómetros de linhas de alta velocidade, das quais cerca de 18 mil na Europa e 21 mil na Ásia.

in: publico.clix.pt secção "Economia" de 8 Nov/10
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