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24/01/2011

Gastos 10 milhões em máquinas que estão a apodrecer

Há já quatro anos que 60 máquinas de venda de bilhetes de comboio e de metro estão a apodrecer e a ser vandalizadas em estações e apeadeiros das linhas da CP. Um projecto de 10 milhões, da Transportes Intermodais do Porto e da CP, que nunca foi posto a uso.


Ao todo, são 60 as máquinas que há quatro anos foram colocadas em estações e apeadeiros das linhas da CP Porto com o propósito de vender bilhetes não só de comboio, mas também de metro e dos autocarros da STCP.


A ideia era implementar um sistema de bilhética sem contacto, à semelhança da que é utilizada nos comboios urbanos de Lisboa, nas várias linhas de comboios suburbanos do Porto, ou seja, Porto-Aveiro, Porto-Guimarães, Porto-Caíde e Porto-Braga. Tratou-se de um projecto na ordem dos 10 milhões de euros levado a cabo pela empresa Transportes Intermodais do Porto (TIP) e pela CP e que previa a colocação de mais 32 outras máquinas.

Os aparelhos, semelhantes a máquinas multibanco, foram ligados à electricidade, ao que foi dito por se encontrarem em fase de testes, e assim continuam. O facto é que nunca funcionaram.

Com o tempo degradaram-se, ganharam ferrugem, foram vandalizados, alguns até mesmo destruídas, acabando apenas por contribuir para a imagem de abandono que prevalece em várias estações e muitos apeadeiros.

Sem as máquinas, que quando foram instaladas entusiasmaram os utilizadores do Andante (serve para o metro, comboio e autocarros), os utentes são obrigados a procurar "pay-shops" para carregar os cartões ou a enfrentar filas e filas de gente nos poucos postos da mobilidade existentes.

A maioria recorre ao que existe na estação de Campanhã, até porque são muitos os que evitam as máquinas do metro, onde também se podem carregar os passes, por estarem em causa valores mais altos, para os quais nem sempre as ditas máquinas têm troco.

"Quem me vale é a minha mãe que trabalha no Porto e vai carregando o meu Andante. Quando fica sem viagens ela dá-me outro carregado e vamos trocando. É que se fosse enfrentar aquelas filas enormes, bem que chegava sempre atrasado às aulas", contou Gonçalo Torres, estudante.

"Normalmente entro na estação da Granja e, como depois uso o metro, não me compensa estar a comprar bilhete de comboio. Carrego o Andante, mas não na estação, porque lá não é possível. Sou obrigada a ir a um café nas imediações que, como é natural, não está aberto todo o dia", explicou, por sua vez, Michele Rocha, fisioterapeuta.

O JN tem várias vezes questionado a TIP e a CP sobre o assunto. A resposta começou por ser que decorria ainda a fase de testes, designadamente ao nível da uniformização entre hardware e software. Em 2009 foi dito que as máquinas entrariam em funcionamento no último trimestre do ano, o que não veio a acontecer.

No início do ano passado, fonte da CP disse que isso estaria para muito breve, que o tal software das máquinas estava pronto e que estavam em curso acções de formação do pessoal técnico de manutenção e de apoio à operação. Mais: foi dito que estava a ser preparada uma campanha de comunicação ao cliente sobre as alterações ao sistema de bilhética, o que também não veio a acontecer.

Na passada sexta-feira, CP e TIP reuniram-se e o assunto terá sido abordado. Mas ninguém prestou esclarecimentos.

in: jn.sapo.pt secção "Porto" de 24 Jan/11



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