Os trabalhadores dos Transurbanos de Guimarães (TUG) vão cumprir um dia de greve a 15 de Janeiro. A decisão foi tomada, ontem, durante um plenário que levou à paralisação da frota de autocarros entre as 8 e as 13 horas, à imagem de outras reuniões de trabalhadores nos últimos meses.
"Se a administração dos TUG não chegar a um acordo com os trabalhadores, serão tomadas outras formas de luta", garantiu, ao JN, Manuel Pinheiro, delegado sindical.
Em causa está a exigência de um aumento salarial de 50 euros para todos os 100 trabalhadores da empresa e de 5% nos subsídios de alimentação e de agente único. Os trabalhadores reclamam, também, melhores condições na frota de autocarros, nomeadamente no que toca aos acessos a passageiros portadores de deficiência.
Entre as formas de luta, adiantou Manuel Pinheiro, estão novas paralisações de vários dias. "A administração dos TUG e da Arriva, até agora, tem-se mostrado intransigente quanto às nossas exigências, mas os trabalhadores, se for caso disso, param uma semana em protesto", garante o dirigente sindical.
A administração dos TUG (a concessão está a cargo da multinacional inglesa Arriva) alega que as negociações em torno de aumentos de salários têm sido mantidas entre o sindicato do sector e a Associação Nacional dos Transportes de Passageiros, uma vez que não existe acordo de empresa nos transurbanos. Mas aquele órgão lembra que sempre pagou os salários a tempo e horas e que nalguns aspectos, como subsídios, os valores situam-se acima da média.
O sindicato diz que o valor de 50 euros de aumento visa recuperar o poder de compra perdido nos últimos anos. Quanto às condições na frota, diz que precisam de ser reforçadas, nomeadamente com a introdução, entre outras medidas, de informação para invisuais nas paragens.
in: www.jn.pt secção Norte de 9 Jan/08
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