Os pilotos da Ryanair denunciaram que a empresa está a limitar ao máximo a reserva de combustível necessária para qualquer emergência e mostraram-se preocupados com a situação. Com esta imposição, a companhia aérea poderá estar a violar normas comunitárias.
A companhia aérea de baixo custo Ryanair impôs aos pilotos que limitassem ao máximo a reserva de combustível necessária para qualquer emergência, com vista a reduzir custos, denunciaram os pilotos da empresa, mostrando-se preocupados com a situação.
Em Maio, os pilotos da empresa irlandesa receberam instruções para não ultrapassar os 300 quilos de combustível extra, uma quantidade que, no caso de um Boing 747, dá para pouco mais do que cinco minutos de voo.
Sem se identificarem, vários pilotos denunciaram a situação no site da empresa e frisaram que é difícil aguentar a pressão da empresa, por considerarem que esta redução põe em causa a segurança dos passageiros.
No entanto, acrescentam, quem ousa pedir mais do que os 300 quilos de combustível recebe uma carta da Ryanair a pedir justificações, em tom de ameaça.
Com esta medida, a empresa pode estar a violar as directivas europeias sobre o combustível a usar pelos aviões, segundo as quais cada avião deve ter um depósito de reserva equivalente a cinco por cento do combustível necessário para o voo, para responder, por exemplo, a um desvio.
Além disso, como medida de segurança extraordinária, o comandante deve pedir também uma quantidade adicional, calculada em função do estado do tempo, para enfrentar ventos ou uma tempestade.
Estas revelações surgiram depois de a Autoridade Britânica da Aviação Civil ter reconhecido que o número de emergências provocadas por falta de combustível nos aviões duplicaram nos últimos cinco anos.
Segundo os dados britânicos, no ano passado, 27 aviões aterraram de emergência em aeroportos ingleses e 18 enviaram pedidos de socorro.
in: www.tsf.pt secção "Vida" de 31 Ago/08
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