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03/08/2008

Modelo privado poderia criar maior concorrência

Presidente da Associação Comercial do Porto defende que o "interesse público" e o "reforço da concorrência" ditam a necessidade de o Aeroporto Sá Carneiro ter uma gestão privada autónoma. Caso contrário, Rui Moreira teme que o pólo maior, Lisboa, absorva todas as atenções e investimentos

BPI desaconselha a Sonae a investir no aeroporto

O "interesse público" e o "reforço da concorrência" ditam a necessidade do aeroporto Francisco Sá Carneiro ter uma gestão privada independente e não integrada no monopólio privado dos três maiores aeroportos do país, refere o presidente da Associação Comercial do Porto. Sendo este aeroporto um "instrumento de promoção, económica e turística da região Norte", Rui Moreira diz que "o interesse público tem mais condições de ser salvaguardado com uma gestão autónoma, do que integrado numa grande rede, sendo os nossos instrumentos de regulação tão fracos".
Para Rui Moreira, a concessão a privados da ANA - Aeroportos de Portugal como um bloco significa que o concessionário "irá, necessariamente, concentrar as atenções no novo aeroporto de Lisboa, porque é nesse que vai ter de investir, logo é esse que, prioritariamente, terá de rentabilizar". O presidente da ACP - que, com Rui Rio, líder da Junta Metropolitana do Porto, e os três líderes das principais associações nortenhas, têm reclamado de Sócrates uma resposta a esta matéria - defende que é "fundamental assegurar a competição e a concorrência" entre os aeroportos de Lisboa e do Porto.
E explica: "O de Lisboa tem como pensamento-base funcionar como hub da TAP. Com a privatização, o Sá Carneiro pode interessar-se em ser o hub de outra companhia, quem sabe de uma nova Portugália que venha a surgir". Um objectivo mais fácil de atingir "se os proprietários e gestores do Sá Carneiro forem diferentes dos de Lisboa, que terão de proteger a sua companhia, a TAP".
Além do mais, acrescenta Rui Moreira, "o Governo é que disse que não queria manter o negócio aeroportuário na ANA. Se querem despachar os aeroportos, despachem-nos mas separados. Senão, é o mesmo que juntar supermercados e lojas no mesmo saco". A sustentar a posição, o presidente da ACP dá o exemplo dos "bons resultados" alcançados nos portos, "concessionados em separado, sem falar dos vários terminais dentro do mesmo porto privatizados a entidades diferentes".
Rui Moreira desvaloriza o estudo encomendado pela ANA à Universidade Católica e à consultora Boston Consulting Group, que conclui que os preços médios cobrados por passageiros no Sá Carneiro poderão mais do que duplicar caso a infra-estrutura passe a ter um modelo de gestão independente, considerando tratar-se de um "trabalho à medida das conclusões pretendidas pela ANA".
A Sonae Capital e a Soares da Costa já se assumiram como interessados no aeroporto. Uma operação que os analistas do BPI consideram negativa para a Sonae, pela agressividade do investimento - a operação está estimada em mais de mil milhões de euros - e porque pode fazer desviar a sub-holding do seu negócios principal, o desenvolvimento de projectos turísticos como Tróia.

in: www.dn.pt secção "Economia" de 3 Ago/08

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