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03/08/2008

Preços duplicariam no Aeroporto do Porto com gestão independente

Os preços médios cobrados por passageiros no aeroporto Sá Carneiro poderão mais do que duplicar caso a infra-estrutura passe a ter um modelo de gestão independente, segundo um estudo do qual a Agência Lusa teve acesso a uma parte.
Os presidentes da Junta Metropolitana do Porto (JMP), Rui Rio, e de quatro associações empresariais do Norte reclamaram quinta-feira, em conjunto, uma decisão política que possibilite que o aeroporto do Porto seja concessionado a privados e não integrado num monopólio privado dos três maiores aeroportos do país, na sequência da concessão do novo aeroporto de Lisboa.
Esta tomada de posição surge após os cinco responsáveis terem enviado ao primeiro-ministro uma carta em que defendem que a gestão privada autónoma do aeroporto Sá Carneiro, a que José Sócrates ainda não respondeu.
Um estudo que avaliou os impactos decorrentes de uma gestão em rede comparativamente com a gestão separada do sistema aeroportuário nacional indica que "o modelo de gestão em separado regista impactos negativos na grande maioria dos vectores em análise", designadamente ao nível das sinergias de custos operacionais, da redução da capacidade negocial, nos custos financeiros e ao nível dos preços.
A opção por um modelo de gestão descentralizado "determina que os aeroportos tenham de reflectir mais directamente as suas estruturas de custos reais, com implicações ao nível do preço cobrado por passageiro", indica uma parte do estudo elaborado pela Universidade Católica e pela consultora Boston Consulting Group (BCG) para a ANA, em Julho.
No caso do Sá Carneiro deixar de integrar a rede da gestora aeroportuária nacional ANA, o aeroporto teria de passar a reflectir, nos preços praticados, a sua real estrutura de custos, podendo os preços médios cobrados por passageiro mais do que duplicar, atingindo um aumento de 165 por cento.
O estudo, feito com base nos dados respeitantes de 2006 e utilizando os preços praticados em 2007, conclui que os preços passariam de cerca de 8,4 euros por passageiro, no sistema de gestão em rede, para 22,2 euros por pessoa, no caso da adopção de um sistema de gestão separada. Ou seja, os preços sofreriam um aumento de 13,8 euros por passageiro.
Caso não seja feita esta actualização nos preços, o Aeroporto Sá Carneiro daria prejuízos até 2016, disse à Agência Lusa fonte ligada ao processo.
O aumento das taxas aeroportuárias no aeroporto do Porto teria como consequência a fuga das companhias aéreas (low cost) para aeroportos mais baratos, o que poderia trazer benefícios para os aeroporto de Lisboa e Faro, com um potencial de redução de 45 e 20 por cento, respectivamente, nas taxas aeroportuárias cobradas.
No caso do aeroporto de Lisboa, as taxas poderiam passar de 9,3 euros por pessoa num sistema de gestão em rede, para os 5,1 euros por pessoa num sistema de gestão separada, o que significa uma redução de 4,2 euros.
Já no aeroporto de Faro, a redução seria de 1,6 euros por pessoa, uma vez que o valor cobrado passaria de 8 euros num sistema de gestão em rede, para os 6,4 euros no caso se ser adoptado um modelo de gestão separado.
A Agência Lusa contactou a ANA para obter a totalidade do estudo mas a gestora aeroportuária, através do seu porta-voz, disse que a empresa "não achava oportuno a divulgação do estudo".
Também a JMP e as associações do Norte pediram o estudo, "de forma insistente", junto da ANA, mas até "ao momento não obtiveram resposta", disse fonte ligada ao processo.

in: www.jn.pt secção "Economia" de 3 Ago/08

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