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05/02/2008

Conclusões do estudo para o prolongamento do Metro do Porto

A ligação a Vila d'Este

Em Gaia, o traçado recordista prevê o prolongamento da Linha Amarela até Vila d'Este, sem passar pelo interface de Laborim. A equipa da TRENMO, que analisou três percursos alternativos para a expansão da linha, concluiu que a ligação directa entre Santo Ovídio e aquela urbanização terá a virtude de trazer mais 1028 clientes por hora no período de ponta da manhã à rede do metro alargada.

"Independemente da solução escolhida, o prolongamento da Linha Amarela para sul é a extensão que tem maior geração de procura por quilómetro de todos os cenários de prolongamentos e novas linhas em análise neste documento", refere-se nas conclusões do estudo da equipa, liderada pelo especialista em Transportes Álvaro Costa. Se o metro passar por Laborim antes de rumar a Vila d'Este, o poder de atracção da linha será menor (mais 933 utentes/hora). No entanto, essa alternativa dará melhores condições de operação à Linha Amarela e permitirá a expansão futura da rede do metro para os municípios a sul na Área Metropolitana do Porto.

"A ligação a Laborim, com posterior extensão a Vila d'Este, permite ter ganhos de procura muito apreciáveis apesar de se tratar de uma pequena extensão do comprimento da rede", assinalam os especialistas no mesmo estudo. A solução menos vantajosa é ficar apenas por Laborim resultará num acréscimo de apenas 273 passageiros por hora no período referido.

A direcção directa a Gondomar via Valbom trará maior número de passageiros

A ligação de Campanhã ao centro de Gondomar, passando por Valbom, terá mais passageiros do que a linha projectada entre o Estádio do Dragão (Porto) e Gondomar, cruzando Rio Tinto. A comparação é favorável à primeira alternativa, mas, dada a complexidade da obra de construção, o custo disparará. É a convicção da equipa de especialistas que preparou a análise que complementa o estudo da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (realizado pela equipa liderada por Paulo Pinho) sobre a segunda fase de expansão da rede do metro. "O traçado com maior potencial de captação é a ligação por Valbom, mas a diferença de custo e a complexidade de construção entre os dois traçados estudados é muito relevante. É diferente comparar estas linhas com ou sem existência da Linha Circular. Esta vem reforçar a ligação a Gondomar pela Venda Nova, porque permite aceder a vários destinos na Área Metropolitana do Porto sem a penalização da passagem por Campanhã e Trindade", sustenta-se no documento, elaborado pela TRENMO. Assim, a ligação ao centro de Gondomar por Valbom resultará num acréscimo de 908 passageiros por hora em período de ponta da manhã numa rede do metro alargada que chega a Cabanas (Gondomar) e à EN222 (Gaia). Já a linha por Venda Nova (Rio Tinto) trará mais 520 passageiros por hora à rede em igual período.

Metro pela Av. da Boavista terá mais passageiros

O metro a circular pela Avenida da Boavista (Porto) trará mais 245 utentes à rede do metropolitano por hora no período de ponta da manhã do que os traçados com maior procura pelo corredor do Campo Alegre. É uma das conclusões do estudo, realizado pela equipa liderada por Álvaro Costa, que avalia três percursos alternativos para a linha do Boavista e quatro para a ligação entre Matosinhos Sul e o Porto, rumo ao Campo Alegre.

E a comparação é sempre favorável à Boavista. "Os traçados estudados pela Avenida da Boavista têm maior potencial de captação de passageiros relativamente aos traçados estudados pelo Campo Alegre. O troço inicial da Avenida da Boavista tem uma ocupação de solo fortemente geradora de tráfego", pode ler-se no estudo da TRENMO, a que o JN teve acesso e que faz uma avaliação preliminar dos percursos alternativos das linhas propostas (no estudo de Paulo Pinho) para a segunda fase de desenvolvimento da rede do metro.

Além dos corredores da Boavista e do Campo Alegre, foi analisada a procura da extensão da Linha Amarela até Laborim e até Vila d'Este, em Gaia; as ligações a Gondomar entre Campanhã e Valbom e pela Venda Nova (Rio Tinto); e a ligação entre a Senhora da Hora e o Hospital de S. João, por S. Mamede de Infesta. Na análise, a equipa de Álvaro Costa, docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), juntou ainda a linha circular a esta equação.

"Tem um grande impacto no número total de passageiros a utilizar a rede de metro. A linha induz um aumento de procura de 34% em relação ao cenário-base, que corresponde à rede actual mais as extensões a Cabanas e à EN222", indica-se no documento. Para a comparação do desempenho das novas ligações (e dos vários traçados alternativos) na rede do metro, a equipa integra-as já num desenho mais alargado do que o actual com 59,34 quilómetros. Ou seja, analisa-as como fazendo parte de uma rede com 67,69 quilómetros, em que o metro já chega a Cabanas, em Gondomar (o concurso para a construção dessa linha já foi lançado), e à EN222, em Gaia (está em curso a obra de prolongamento da Linha Amarela). Os resultados correspondem a uma hora do período de ponta da manhã.

S. Mamede com potencial

A rede actual, com 59,34 quilómetros, transporta 10 857 passageiros por hora no período de ponta da manhã e em cada sentido (contabilizando os dois sentidos, são, em média, mais de 20 mil). A rede alargada (67,69 quilómetros) fará com que esse número cresça para os 11 595 utentes e, se juntarmos a linha circular à rede com desenho alargado, passará a ter 15591 passageiros no mesmo período.

Para a Boavista, a TRENMO desenhou três traçados alternativos (ver infográfico). O mais longo, a partir de Matosinhos-Sul, possui maior capacidade de atracção de clientes. Traz mais 1114 por hora à rede alargada, enquanto o segundo traçado, que parte da estação do Hospital do Pedro Hispano da Linha Azul, atrai mais 632 clientes. Já a terceira alternativa, a partir da estação Parque Real, representaria um acréscimo de 707 utentes.

"O potencial de captação de passageiros aumenta muito com a existência em simultâneo da Linha Circular. Esta vem dar maior consistência à Linha da Boavista, facilitando, por um lado, o acesso rápido a uma multiplicidade de destinos com forte capacidade de atracção e, por outro, potenciando o poder de atracção que a própria Avenida da Boavista tem", refere-se no estudo, calculando que, com a Linha Circular, a ligação entre Matosinhos-Sul e Porto pela avenida atrairá mais 5194 passageiros por hora à rede do metro alargada. No corredor do Campo Alegre, dois dos quatro traçados analisados têm a mesma capacidade de atracção de utentes trariam um acréscimo de 869 clientes por hora em período de ponta da manhã à rede. Menos 245 utentes do que o traçado ao longo da Avenida da Boavista.

Os 4,83 quilómetros entre as estações do Hospital de S. João e da Senhora da Hora poderão trazer mais 469 passageiros por hora em período de ponta da manhã à rede do metro alargada. Embora não cruze "territórios com a densidade e diversidade de ocupação da Avenida da Boavista", trata-se de uma "ligação com potencial de geração de procura". Os especialistas entendem que, executando-se esta ligação (que resultará no prolongamento para Norte da Linha Amarela), deverá estudar-se a "hipótese de ligar a actual Linha de Matosinhos à Baixa [do Porto] por esta linha, substituindo a ligação actual e diminuindo o número de transbordos na Senhora da Hora".

in: www.jn.pt secção Porto de 5 Fev/08

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