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18/12/2007

Bombeiros da capital denunciam falta de testes de segurança no metro

O prolongamento da linha azul do Metropolitano de Lisboa (ML) desde a Baixa/Chiado até ao Terreiro do Paço e Santa Apolónia é inaugurada oficialmente amanhã ao meio-dia abrindo ao público às 15.00. "Mas falta fazer testes de segurança como deve ser, envolvendo todos os meios de socorro para se verificar como se devem articular e funcionar uns com os outros em caso de emergência", denunciou ao DN o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Fernando Curto.

"Como o troço do Terreiro do Paço é de alto risco, porque passa por baixo de água e já sofreu uma ruptura quando o túnel ainda estava a ser construído - em Junho de 2000 -, exige ainda mais atenção em termos de prevenção e segurança", sublinha o mesmo responsável da associação.

Na sua opinião, "é preciso os bombeiros fazerem uma vistoria o mais completa possível para testar os meios de extinção de incêndios e de evacuação para salvar as pessoas".

"Deve-se fazer um simulacro"

Esclarece que "todas estas démarches têm de partir da administração do ML, que deve solicitar ao Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSBL) a realização de uma vistoria pormenorizada. Até se deveria fazer um simulacro de acidente antes deste troço entrar ao serviço".

"Infelizmente, o ML continua de costas voltadas para o RSBL e para a população, porque ainda há estações que os bombeiros não conhecem".

Sublinha que "se os bombeiros conhecerem bem o espaço em que se movem e souberem onde estão todos os meios necessários, conseguem desempenhar melhor o seu papel e evitar situações mais graves".

E exemplificou: "Se um comboio ficar parado no meio desse troço, é preciso os bombeiros saberem previamente qual o percurso mais rápido para lá chegarem, retirarem as pessoas e resolverem o problema".

"Os bombeiros têm de trabalhar com elementos da equipa de segurança do metro e a realização de um simulacro é essencial para colocar todos esses meios em sintonia", frisou.

"É preciso saber onde há poços de ventilação que possam ser utilizados como saída de emergência se estiverem mais perto do local do acidente do que os outros acessos", referiu o presidente da associação.

"Ouvir as pessoas a gritar"

Acrescentou que "também é necessário saber se na galeria há espaço suficiente para transportar os feridos em macas ou se é preciso arranjar outra solução. Sem estes conhecimentos, os bombeiros vão lá para baixo ouvir as pessoas a gritar e andam por ali sem saber o que fazer".

Fernando Curto denuncia também que "os rádios de serviço dos bombeiros não funcionam na rede do metro, pelo que não conseguem comunicar para solicitar mais meios ou trocar outras informações. E o ML continua sem instalar repetidores para resolver esse problema".

Sobre estas questões, fonte da administração do ML garante ao DN que "a vistoria foi feita quinta-feira e não há qualquer parecer negativo".

O comandante do RSBL, coronel António Nunes, referiu ao DN que "se têm feito visitas técnicas e visitas de trabalho às obras". Questionado se os bombeiros foram ao novo troço e já conhecem os percursos e as saídas de emergência, as tomadas de água e outros meios de socorro, confessou que "uma vistoria assim tão pormenorizada ainda não se fez".

in: www.dn.pt secção cidades de 18 Dez/07

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