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11/09/2008

Ryanair desiste de base no Porto

O Porto não vai ter, para já, uma base da Ryanair. A companhia aérea alega falta de condições no momento em que o mercado é muito competitivo para instalar essa estrutura do Aeroporto Sá Carneiro. Mas vai para Barcelona.
Depois de meses de polémica com muitas vozes da região Norte a contestarem os obstáculos, colocados pela ANA - entidade gestora dos aeroportos nacionais -, à empresa irlandesa, o executivo de Marketing e Vendas para Portugal da Ryanair, Luís Fernandez-Mellado, explicou que o Porto não é opção neste momento. A garantia foi dada ontem de manhã numa conferência de Imprensa para a apresentação da campanha de Inverno daquela companhia de voos de baixo custo.
A razão para esta desistência prende-se com a inexistência de uma conjuntura atractiva para a criação da base no Sá Carneiro. "Neste momento, não estão reunidas as melhores condições para a Ryanair ter uma base no Porto. Estamos a atravessar uma fase muito competitiva e a situação da companhia é muito idêntica àquela que existia há um ano", esclareceu Luís Fernandez-Mellado. Curiosamente, foi há cerca de um ano que a empresa apresentou uma proposta à ANA para a instalação da base, na qual pedia tarifas mais baixas em troca da atracção de quatro milhões de passageiros ao longo de sete anos.
Apesar do mercado competitivo, a companhia irlandesa olha para Espanha. Luís Fernandez-Mellado adiantou que a Ryanair tem prevista a abertura de uma base num aeroporto, próximo de Barcelona, no início do próximo mês. Actualmente, a companhia opera no aeroporto de Girona. Ainda assim, não fecha a porta à colocação de uma estrutura semelhante no Sá Carneiro. No entanto, é uma hipótese a analisar no futuro ao longo prazo.
Findas as férias de Verão, volta a ser o projecto de base da Ryanair a espoletar a discussão sobre a gestão centralizada do Aeroporto de Pedras Rubras. Várias personalidades da região, ouvidas pelo JN, lamentam a oportunidade perdida. Rui Moreira, uma das vozes mais críticas da "falta de transparência" da gestão da ANA, não ficou surpreendido: "Era a crónica de uma morte anunciada".
Para o presidente da Associação Comercial do Porto, esta perda penalizará a região. "Era uma oportunidade que me parecia que podia estar perdida. Eu gostaria que tivesse sido agarrada. A ANA alega que as condições da Ryanair não eram economicamente viáveis. Mas, enquanto não houver transparência na gestão do aeroporto, tenho a maior das desconfianças sobre a capacidade da ANA de trazer negócio para o país", acusa Rui Moreira.
A Junta Metropolitana do Porto ainda espera por uma resposta do Governo aos estudos e às propostas, enviados no final de Julho. Este mês, voltar-se-á a ouvir a voz dos autarcas. Esta desistência da Ryanair é indicadora, na perspectiva de Rui Rio, de que a preocupação com uma gestão "subordinada à lógica centralista" do aeroporto do Porto tem sentido. Por isso, o presidente da Junta leva, de novo, o debate sobre a autonomização da liderança do Sá Carneiro à mesa metropolitana. A reunião está marcada para o dia 26.
O JN contactou o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, assim como a ANA, mas ambas as entidades recusaram fazer comentários à decisão empresarial da companhia de voos de baixo custo.

in: jn.sapo.pt secção "Porto" de 11 Set/08

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