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19/09/2007

Transportes públicos estão a atrair mais passageiros


Utentes do metro do Porto subiram 293,8 por cento
A utilização dos transportes públicos está a aumentar depois de ter passado as últimas duas décadas a diminuir. Em termos globais, o transporte colectivo está a ganhar clientes e só não tem mais adeptos, porque "as empresas privadas do sector se preocupam mais com a vertente económica do que com a social, cortando carreiras pouco rentáveis", acusa a Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urbanos (Festru).

O Metro do Porto (MP) é um caso de sucesso. Subiu de 9,8 milhões de clientes em 2004 para 38,6 milhões em 2006 (mais 293,8%). "Mesmo depois de toda a rede concluída, a procura continua a crescer", disse ao DN fonte da empresa, que tem uma média de 180 mil clientes em cada dia útil.

Pelo contrário, no primeiro trimestre deste ano, a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto registou 55 milhões de validações, reflectindo uma média de 9,2 milhões por mês e uma diminuição de 10% em relação ao primeiro trimestre de 2006. A empresa calcula o impacto negativo do MP em apenas 15%, contra os esperados 30%.

Outro grande "salto" positivo regista-se no denominado "comboio da Ponte 25 de Abril", da Fertagus, que quase duplicou de 11,6 milhões de passageiros no ano 2000 para 21,4 milhões em 2006 (mais 84,4%).

Com acréscimos significativos também está o Metropolitano de Lisboa, que subiu de 179,7 milhões de utentes em 2004 para 185,4 milhões em 2005 (mais 3,17%).

Dados fornecidos ao DN pela CP referem que o número de utilizadores também está a aumentar, tendo sido transportadas em 2006, na rede ferroviária nacional, 135,2 milhões de pessoas. Adianta que os maiores crescimentos se registaram nas linhas urbanas do Porto, onde viajaram 18 milhões de passageiros em 2006, ou seja, mais 1,5 milhões do que no ano anterior (mais 9%). A rede urbana de Lisboa serviu 97 milhões de pessoas em 2006, o que significa mais um milhão de utentes do que em 2005.

A mesma fonte salienta que "em 2005 começou o processo de recuperação de utentes da CP, que nas últimas duas décadas tinha estado sempre a perder clientes".

Em recuperação entrou "há cerca de dois meses" a Carris, que opera em Lisboa com uma considerável rede de autocarros, eléctricos e elevadores, referiu ao DN fonte da empresa.

Explicou que "a tendência decrescente da última década já começou a ser invertida. A empresa está a ganhar clientes". Especificou que nos primeiros oito meses deste ano a Carris transportou 155,6 milhões de pessoas, enquanto em igual período de 2006 registou 155,2 milhões". Para trás, o historial da Carris é "negro", com a empresa a baixar de 300,4 milhões de utentes em 2002 para 234,8 milhões em 2006 (menos 21,8%).

Em descida vertiginosa estão os barcos da Transtejo/Soflusa - unem as margens do Tejo - que reduziram os 43217 passageiros do ano 2000 para 29691 em 2005 (menos 31,3%).

Questionado pelo DN sobre porque motivo os transportes públicos (TP) não são mais utilizados pelos portugueses, Vítor Pereira, dirigente da Festru, considera que os TP "não oferecem qualidade nem quantidade suficiente para que as pessoas abdiquem do seu transporte individual".

"As empresas retiram carreiras e alteram horários, aumentam significativamente o tarifário e deixam ficar muitas populações isoladas sem TP. Em alguns locais, é preciso recorrer a táxis para os alunos irem à escola e depois voltarem", denuncia o sindicalista. Adianta que, "muitas vezes, só há uma carreira de manhã para ir e outra ao fim da tarde para voltar".

Critica o Estado, "porque atribui concessões às empresas de TP, mas depois não as fiscaliza eficazmente para as obrigar a cumprir o que ficou estabelecido no contrato".


in: www.dn.pt secção "cidades" - 19 de SET.

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